sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bosque Infame




Formidável monólogo brota dos teus lábios
Deles saem raízes podres
Folhas ressecadas por tuas falas
O cinza do inverno acinzentou também tua alma


Não mais vejo os raios do halo luminoso 
Que inda pouco me iluminava
Onde se escondeu teu doce amor,tão proclamado?


Rodopio no bosque infame
Á cata de alguma razão
Por que será que tuas palavras
Ferem fundo como adagas
Meu pobre coração?


Em palavras vazias tento preencher
O imenso buraco deixado
Todo meu ser palpita arrasado


Clac,clac,clac
Gritam os sapatos
Rangem chorando as escadas


Entrevejo teus passos
Sorrateira a porta se abre
Beijo teus olhos,vejo tua face
Enxugo as lágrimas inoportunas,que borram tua imagem

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