sexta-feira, 22 de novembro de 2013
De mãos dadas
Em cada grito
Escondi um sorriso
Voce pode encontrar
Se agarre as beiradas
Do prédio em ruínas
Ruindo em indiferença
A cada dia os olhos
Se entediam em esforços
De visualizar a saída
Em neón luminoso
Só há um rosto
Borrado e tropego
Tropeçando em meus ideais
Mas é a única saída
Encontrei alguém
Atalho fora da estrada
Vou fugir a pé
De mãos dadas
sábado, 9 de novembro de 2013
Ócio suburbano
Espera impaciente se finge de contente e grita
Inconformidades aos murmúrios escondidos.
A única maneira insana de sobreviver ao tédio particular.
A paisagem se converte em insensatez quando as crianças cochilam.
Aceite todo esforço e permita que as coisas se encaminhem.
Como se fosse fácil esquecer, as memórias ruins tem prazo de validade indeterminado.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Flores insensatas
É desconcertante ouvir ele chorar.Parece um lobo gripado. O pior é que não sou tão sensível assim quanto meu vestido de flores dá a entender. Então tudo que posso fazer é afagar seu cabelo dourado e dizer que vai passar. Ele soluça e diz coisas incompreensíveis como um garoto mimado. Eu me digno a acenar com a cabeça e concordar com seus impropérios. Em plena sexta á noite ele trata de brigar com a (sonsa) do cabelo espichado e saltos imorais e me liga desesperado por um ombro amigo.Então é isso: eu poderia estar curtindo minha noite livre e me divertindo sem culpa ao lado de algum bonitão fútil,mas estou aqui no meu apartamento perdendo meu tempo com um cara que insiste em me confundir com uma psicóloga ou sei-lá-o-quê. Preciso aprender a dizer não. Ai meu Deus, agora ele tá vomitando no meu tapete novo. Não dava pra ficar triste sem se embebedar cara? Puxa, esse tapete foi caro e é vermelho como eu gosto. Droga. Não desmaia que eu não consigo te segurar. Tudo bem, você pode dormir aqui hoje. Mal terminei de falar e o folgado já tá babando no meu sofá. Bem que eu merecia uma paixão platônica melhorzinha, né?
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