As palavras que encontro flutuam no vento feito sonhos
desprezados, encolhidos pelo orgulho. Sempre que tento explicar a mim mesma ,o
que são essas pontadas absurdas quando ele suspira, parece patético. Desisto de
soar verdadeira, e me abandono á não compreensão. A alternativa, da aceitação,
me aterroriza. Minhas muralhas se esvaem quando sua risada rouca quebra o
silencio insosso e eu gostaria de expurgar isso de mim. Não há possibilidades
que isso aconteça e talvez eu não mereça. Tanto. Talvez, se eu fosse menos
assim, seus olhos procurassem mais a mim.
É engraçado como não o suporto e o anseio insensatamente.
Jamais se concretizará, eu sei. Meus lábios emudecem ao som da palavra
proibida, e ele nunca irá ouvi-la de mim. Algum dia ele saberá. Mas não agora.
Não de mim. Ver negado o direito de estar ao seu redor e apreciar sua afeição,
mesmo que contida é algo que eu não
suportaria. Preferível é que eu me afaste e abandone o “talvez” para trás.
Mantenho com cuidado em minha mente desorganizada o gosto das suas mãos cálidas
nas minhas e o petulante levantar de sobrancelhas.
Algum dia talvez ele olhe para trás e perceba que me amava.
Mas os tempos serão
outros, quando eu já tiver abandonado sua lembrança num lugar desolado qualquer
no meio do caminho até a felicidade.
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